Estudar fora de casa

Terceiro ano do ensino médio, hormônios à flor da pele e uma vontade imensa de conhecer novos ares. Foi com este pensamento que tomei uma das maiores decisões da minha vida: a de estudar fora de casa. Faculdade nova, cidade nova, novos amigos e novos lugares para conhecer parecem ser ótimas vantagens ao se pensar em estudar em uma universidade a quilômetros de distância. Mas como realmente é esta experiência? Será que é tudo isso que imaginamos?

Tenho certeza que muitos vestibulandos e até mesmo alguns universitários se fazem estas perguntas todos os dias, e como eu tive a oportunidade de experimentá-la, resolvi compartilhar um pouco da minha experiência com vocês e, quem sabe, ajudar quem ainda está indeciso sobre esta opção :).

 

A decisão

Tomar esta decisão não foi nada fácil. Quer dizer, até foi, mas pensar sobre ela (leia-se: falar com meus pais) não foi nem um pouco. Minha família mora em Curitiba, e consequentemente eu iria prestar o vestibular da UFPR, até chegar na hora da inscrição e bater aquele desespero pré-vestibulando ao olhar a relação candidato vaga do curso. Hoje eu vejo que 16 alunos por vaga não era nenhum absurdo, mas aquilo me deixou atônito hahaha. Enfim, era a única opção que eu tinha, já que até então eu não teria como pagar uma faculdade particular.

Antes de fazer a inscrição definitiva no vestibular, tive a oportunidade de conhecer a feira de profissões da Federal, e lá veio a surpresa. Desculpem-me amigos do Campus Agrárias (em Curitiba), mas a barraquinha de Palotina tava bombando e a da capital não tinha ninguém! Com isso pude tirar várias e várias dúvidas sobre o curso e sobre a faculdade com os próprios alunos que, em sua maioria, também estudavam longe de casa. Saí de lá com o pensamento “Eu preciso estudar fora!”, principalmente porque eu teria muito mais chances passar em Palotina, já que a relação candidato/vaga era menor que 7 na época (sim, eu estava com muito medo! hahaha).

Conversei com meus pais, coloquei os prós e os contras e me surpreendi com a reação de “tudo bem” da minha mãe, que sempre foi super-protetora. Ela acabou aceitando numa boa, desde que eu tentasse vestibular também em Londrina, já que meus avós moram no norte do Paraná.

No final das contas a segunda fase das duas caiu na mesma data e acabei optando por Londrina, pois fui muito melhor no vestibular da UEL do que da federal (que aliás, deu uns 15 por vaga). E em Curitiba, Luiz, não prestou nada? Prestei. Química na UTFPR, mas zerei matemática e fui eliminado hahahaha.

Os preparativos

Aí chegam mais perguntas: morar sozinho ou dividir apartamento/república?

As duas opções tem suas vantagens e desvantagens. Aqui na pequena Londres (só para os íntimos, hahaha) temos os Parques Universitários, que são kit nets do lado da faculdade de apenas um quarto, que facilitam muito a vida dos calouros que estão à procura de moradia, mas não sei se existem empreendimentos do gênero em todos os lugares, e procurar apartamento ou casa pode ser um trabalho árduo.

Caso você opte por morar sozinho, precisará pensar no tipo de apartamento que irá alugar, na faixa de preços e principalmente se ele é mobiliado ou não. Mobilhar uma casa do zero pode ser uma tarefa bastante complicada, principalmente se é muito longe da casa de seus pais, pois impossibilita que eles viajem sempre para ajudar você com os móveis. Você terá mais liberdade para fazer o que bem entender, a hora que quiser, mas pagará mais caro por isso.

Morar em república ou dividir o aluguel com alguém tem a vantagem de não se preocupar muito com essas coisas. Se é uma república, ela provavelmente já é mobiliada e você precisará de poucos itens em seu quarto. Se vai dividir apê com alguém, a responsabilidade não ficará apenas com você. A desvantagem é que você será dependente de seus companheiros, e isso pode gerar desavenças, principalmente se você vai morar com alguém que não conhece. O ponto favorável é que o aluguel e as contas saem muito mais baratos.

 

A vida

Posso dizer que estudar fora de casa foi uma das maiores experiências que tive nos últimos anos. Sempre busquei certa independência, mas independência é sinônimo de responsabilidade. No final das contas morar sozinho não é simplesmente chegar em casa a hora que quiser, comer o que quiser e fazer o que quiser. Morar fora de casa é saber administrar tudo, a toda hora.

Precisei aprender a montar uma agenda de afazeres domésticos, lavar a louça, lavar a roupa, limpar a casa, arranjar tempo para ir ao mercado (que é longe à beça) e encaixar tudo isso nas janelas da faculdade, que são pouquíssimas. Além de tudo, precisei aprender a controlar minhas finanças e o dinheiro que meus pais me mandavam, sempre contadinho para o mês.

Pior ainda deve ser para quem precisa se manter durante a faculdade. Conheço algumas pessoas que são assim, e realmente admiro muito sua iniciativa, pois não é fácil. Estudar fora e trabalhar pode ser tranquilo para quem cursa direito ou engenharia, já que as bolsas de estágio são altíssimas (mais que 1 mil, na maioria das vezes). Mas para quem faz veterinária é praticamente impossível, já que a maior bolsa que você poderá ganhar vai ser uma enorme quantia de 360 reais em uma iniciação científica do CNPq.

Um lado bom, de ambas as opções, é que você poderá morar perto da faculdade ou pegar carona com alguém que tenha carro, caso more com alguém do mesmo curso. Em Curitiba eu morava do outro lado da cidade, e demoraria mais de 1 hora dentro de um ônibus para chegar no campus de veterinária. Em Londrina eu acordo 20 minutos antes da aula só para dar tempo de escovar os dentes, tirar as remela do olho e sair correndo para a faculdade, que fica do lado de casa, literalmente, hahaha.

 

A saudade

Fora o ponto financeiro, acho que este é o maior motivo que faz os alunos desistirem do curso e voltarem para casa. Particularmente não senti muito na pele, pois passei pouquíssimo tempo em casa durante o ensino médio devido ao colégio, cursinho, estágio e treino, mas para quem é grudado com os pais é realmente muito difícil.

Não ter o apoio da mãe durante a semana de provas acaba com qualquer um. Não ter alguém para cuidar de você caso fique doente, ou até mesmo não poder abraçar seus pais depois de sua primeira eutanásia é algo a se pensar.

Muitos colegas voltam quase todo final de semana para casa. Isso é fácil se você tem grana para as passagens, e principalmente se você estuda em uma cidade perto da casa do seus pais, mas se você mora longe isso pode ser bastante difícil. Tem uma menina da minha sala que mora em Roraima! Uma viagem daqui até lá de ônibus demora mais de 2 dias, então, voltar para casa só nas férias e olhe lá.

 

Vale a pena?

Sem dúvidas. Tenho certeza que não seria quem sou hoje se não fosse por este tipo de experiência. Com certeza é um passo e tanto para alguém que mal saiu da barra da saia das mãe. Mas ainda assim é melhor se acostumar agora, do que depois de formado, quando precisará procurar emprego e passar por situações muito mais difíceis.

Minha dica é pesquisar muito antes de decidir para onde vai e, se possível, conversar com os alunos que já moram há algum tempo na região para pode ter uma ideia dos gastos e da vida que você terá naquela cidade.

E você, mora fora, já morou, pretende morar? Compartilhe sua experiência conosco! 🙂

Espero que tenham gostado do texto e que tenha sido útil para quem estava pensando na possibilidade!

 

Pérolas da veterinária

Todos nós passamos pelo vestibular e pelas diversas cadeiras da veterinária, uma mais difícil que a outra. O fato é que entre uma aula e outra, sempre acabam surgindo aquelas pérolas que você faz força para não rir, até não aguentar e soltar aquela gargalhada e seu colega nunca mais falar com você hahaha. Embora quem soltou a pérola possa não curtir muito, resolvemos catalogar algumas aqui no blog para todos rirmos juntos, afinal, algumas são muito boas, hahaha! Algumas foram retiradas da comunidade Pérolas da Veterinária, no orkut, e outras foram enviadas pelos próprios leitores na fanpage do facebook!
Enfim, se você viu uma pérola sua aqui e não gostou, comente como anônimo ou nos envie um e-mail e peça para retirarmos. Se você conhece mais alguma, não perca tempo e comente logo para gente rir mais ainda!

A professora passa um trabalho sobre os vasos do Sistema Circulatório e fala pro aluno:
– Olhe, você vai ficar com a Ázigos.
Aí o aluno:
– Ázigos? Eu não sei nem quem é essa menina professora! :~ (via Carol Maia)

 

3) Por que é importante reduzir o espaço morto em uma cirurgia?
R: para evitar a formação de cerúmen!

 

1) Cite 3 causas de sinusite em equinos.
R: Descorna, infecção bacteriana, traumatismos…

Aluna: Professor, e a asa de gaivota?!
Professor: O que?!
Aluna: É, asa de gaivota não é?! Aquele dente que alguns cavalos apresentam atrás dos molares…
Professor: Não seria cauda de andorinha?!
Aluna: PUTZ, ISSO MESMO! (via Ana Vocal)
Um grande colega, em plena aula de cirurgia de grandes, pergunta ao professor, com um ar de extrema sabedoria:
– Professor onde que eu faço a incisão no cavalo, para realizar a ruminotomia? (via Ernani Flavio)
1) Defina a etiopatogenia da reticulo pericardite traumática.
R: Ocorre principalmente em bovinos, ocorre devido a sujidades presentes nas pastagens como: arames, pregos, que caem nos compatimentos do estômago, indo até o duodeno onde é absorvido, antingindo a corrente sanguínea e lesionando assim o coração… (via Gustavo Matias)

 

 O aluno foi fazer prova de histologia e viu que uma das questões tinha sido anulada apesar de estar certa. Questionou o professor e ele disse que tinha anulado já que ele não sabia nem escrever hemácia (escreveu emacia), nisso ele responde:
– Mas professor só por causa de um cedilha! (imagina emaçia! hehehehe)

 

– Professora, a serotonina num é aquela proteína que tem na cera do ouvido dos cães? (via Cesar Magalhães)

Um calouro me pega um tubo pra hemograma no HV que ja tinha EDTA dentro, abre o tubo, joga o anti-coagulante fora e me diz:
– Olha, tinha uma aguinha dentro do tubo, vai vê podia mascarar o resultado!!! (via Fabricio Perin)

 

Na prova havia uma questão assim:
Como é chamada a ausência de pelos?
Um coleguinha não sabia a resposta e perguntou pro outro que respondeu bem baixinho:
– Alopecia
– Como?
– Alopecia
– Anh?
– PQP, Alopecia!!
O cidadão respondeu bem bonito: Galo persa… (via Rhéa Cassuli dos Santos)
Na aula de reprodução de caprinos , fazendo coleta da sêmen, o professor comentou que as vaginas artificiais estavam ficando geladas, o que poderia prejudicar o procedimento. Assim, aparece uma aluna muito da esperta:
– Professor, pega minha vagina que ela está quentinha!!! (via Kaline Barboza)
Professora fazendo estágio em uma fazenda, ou ja formada (não lembro), estava ensinando alguns peões a fazer coleta de sêmen de bovino. Um deles se virou e disse que o liquido poderia cair em seu rosto, a minha professora respondeu:
– Ah cala a boca que isso espirra na minha boca todo dia!!!!
Os caras ficaram todos com muita vergonha e começaram a sair de perto, pra rir , pra chorar, pra correr dela, sei la…. ahahhahahahhah (via Kaline Barboza)

1) Diferencie limpeza de desinfecção.
R: Limpeza faz com água e sabão e desinfecção faz com desinfetante. (via Cah Gândara)

 

Professor:
– Vcs lembram das células intersticiais, né? Então, os testículos…
Aluna interrompe:
– Peraí professor! As intersticiais naum ficam no intestino??? (via Cesar Magalhães)

 

Uma vez, numa prova prática de anatomia, uma das peças demarcadas era a cartilagem tireóide. Uma colega não sabia a resposta, e perguntou baixinho:
– Qual é essa?
A outra respondeu baixinho:
Cartilagem tireóide
– O quê?
– Cartilagem tireóide
E ela respondeu na prova:
CAIXA ELÁSTICA TIREÓIDE!!! (via Nathália Alfradique)

 

Nosso primeiro atendimento ao público,após um semestre de anamnese.
Eu fui designado a receber o proprietário e anotar a queixa principal:
– O que o cachorro tem?
– Ué, você que é veterinário não sabe,como eu vou saber? (via Fabio Rodolfo)

 

No primeiro semestre um aluno diz pro outro “Pra que serve esse retículo endoplasmático liso?” o outro responde: “Sei lá véio”. E o outro retruca: “Cê é burro cara? E se o proprietário chega e te fala: Ow, o meu cavalo tá com o retículo endoplasmatico liso fudido… Iaí que que cê vai fazer?” (via Fernando Padovani)

 

Professor no curso de oftalmo explicando os tratamentos: “E se nada disso der certo, chama o veterinário.” (via Cris Zarichta)

 

Uma aula pratica de Semiologia, o professor segurando um bezerro e, brincando, diz:
– Cadê os dentes superiores dele? Que febre foi essa que fez todos cairem?
Ai alguns foram na onda da brincadeira e disseram:
– Ah, essa febre foi muito forte.
Ai uma aluna diz:
– Sim, professor, mas o que aconteceu com os dentes dele mesmo? (via Camila Melo)

 

1º ano, em uma aula de anatomia, estudando as glândulas mamárias alguém pergunta:
– Por que a vaca dá leite a vida inteira, sendo que mulher só da leite quando tá grávida? (via Tábitha Perondi)

 

Na aula de técnica cirúrgica:
– Professora, a linha alba é absorvível ou não absorvível? (via Cinthia Pagliares)

 

5) Como é o nome do ácido precursor de prostaglandinas e leucotrienos?
R: Ácido aracnídeo (via Mayane Faccin)

 

3) O que é claudicação?
R: É uma célula responsável pela produção de cartilagem! (via Claudia Paiva)

 

– Doutora, meu cachorro é daquela raça HULK né?
– Hulk senhor?
– Sim, HULK SIBERIANO! (via Nani Stevanin)

 


E aí galera, curtiram? Tentei colocar principalmente as pérolas de estudantes, depois iremos fazer uma postagem só para as pérolas de proprietários, que aí sim, vai dar um livro! hahaha

Mais pérolas são muito bem vindas nos comentários!

Até a próxima!

Como dar um comprimido ao seu gato

Todos nós sabemos que gatos são criaturas muito estressadas simpáticas, mas que às vezes podem ficar um pouco irritadas, principalmente para aplicação de medicamentos. Sabendo desta dificuldade, o leitor Marcos Chrispim enviou um manual para a realização do procedimento que irá ajudar muito na hora de aplicar a medicação!
  1. Pegue o gatinho e aninhe-o no seu braço esquerdo como se segurasse um bebê, tendo o comprimido na palma da mão esquerda. Coloque o indicador e o polegar da mão direita nos dois lados da boquinha do bichano e aplique uma suave pressão nas bochechas. Quando o felino abrir a boca, pegue rápido o comprimido da palma da mão esquerda e atire-o lá para dentro. Deixe o gato fechar a boquinha e engolir.
  2. Recupere o comprimido do chão e o gato de detrás do sofá. Aninhe o gato novamente no braço esquerdo e repita o processo.
  3. Vá ao quarto buscar o gato e jogue fora o comprimido meio desfeito.
  4. Retire um novo comprimido da embalagem, aninhe o gato no seu braço, segurando firmemente as patas traseiras com a mão esquerda. Obrigue o gato a abrir a mandíbula e empurre o comprimido com o indicador direito até o fundo da boca. Mantenha a boca do gato fechada e conte até 10.
  5. Recolha o comprimido de dentro do aquário e o gato de cima do guarda-roupa. Chame a sua esposa para ajudar.
  6. Ajoelhe-se no chão, tendo o gato firmemente preso entre os joelhos. Segure as quatro patas. Ignore os rosnados ameaçadores do gato. Peça à sua esposa que segure firmemente a cabeça do bichinho com uma mão e force a ponta de uma régua para dentro da boca do gato com a outra. Ela deve deixar rolar o comprimindo pela régua e esfregar vigorosamente o pescoço do gato.
  7. Desça o gato de cima da cortina e retire outro comprimido da embalagem. Tome nota mental de que precisará adquirir outra régua e mandar consertar as cortinas. Cuidadosamente varra os cacos das estatuetas e dos vasos do meio da sala e guarde-os para colar mais tarde.
  8. Enrole o gato numa toalha grande e peça à sua esposa que se deite por cima de forma a que apenas a cabeça do gato apareça por debaixo do sovaco dela. Instale o comprimido na ponta de um canudinho, obrigue o gato a abrir a boca e mantenha-a aberta com um lápis atravessado. Assopre o comprimido do canudinho para dentro da boca do gato.
  9. Consulte a bula para verificar se comprimido de gato faz mal a ser humano. Tome uma cerveja para lavar o gosto da boca. Faça um curativo no antebraço da sua esposa e remova as manchas de sangue do carpete com água fria e sabão.
  10. Retire o gato do galpão do vizinho. Pegue outro comprimido. Abra outra cerveja. Coloque o gato dentro do armário e feche a porta até o pescoço de forma que apenas a cabeça fique de fora. Force a abertura da boca do gato com uma colher de sobremesa. Jeitosamente, utilize um elástico como atiradeira para lançar o comprimido pela garganta do gato.
  11. Procure uma chave de fenda e ponha a porta do armário novamente no lugar. Tome a cerveja. Procure uma garrafa de cachaça. Tome um traguinho. Aplique uma compressa fria na bochecha e verifique a data da sua mais recente vacina contra tétano. Aplique uma compressa de cachaça na bochecha para desinfetar. Tome mais um traguinho. Jogue a camiseta no lixo e procure outra no quarto.
  12. Ligue para os bombeiros, pedindo que venham retirar o desgraçado do gato lá de cima da árvore do outro lado da rua. Peça desculpas ao vizinho que se machucou ao tentar desviar-se do gato em fuga. Retire o último comprimido da embalagem. 
  13. Amarre as patas da frente às patas de trás desse danado e prenda-o firmemente à perna da mesa de jantar. Nas mãos, ponha luvas de couro. Do quintal, puxe a mangueira. Empurre o comprimido para dentro da boca da besta, seguido de um pedaço de carne. Segurando firmemente a cabeça desse terror felino, mande-lhe meio litro de água goela abaixo, para que o comprimido desça.
  14. Tome o que sobrou da cachaça. Peça à esposa que o leve ao pronto-socorro mais próximo. Agüente firme enquanto o médico lhe costura os dedos e o antebraço e retira os restos do comprimido de dentro do olho direito. Lembre-se: “homem não chora”. A caminho de casa, use o celular para falar com as casas de móveis para se informar sobre o preço de uma nova mesa de jantar. 
  15. Peça à Liga de Proteção aos Animais que mandem um funcionário com urgência para recolher o raio desse bichinho mutante. Ligue para a loja dos animais e pergunte se eles têm cachorrinhos para vender…


 

E aí, aprenderam tudinho? Não vão fazer feio na frente dos proprietários hein! hahahaha
Mas falando sério agora, existe um vídeo muito bom no youtube que ensina a administrar comprimidos à gatos, deem uma olhada!

 

6 histórias fantásticas de próteses em animais

Ontem de madrugada eu resolvi buscar alguma coisa diferente para postar, eis que eu me deparo com a imagem acima. Fuji, the Dolphin foi um dos vários animais silvestres/selvagens a receberem próteses e ganharem uma chance de viver. Não sou nem um pouco fã de ortopedia, mas não podia deixar de trazer algumas histórias sensacionais para vocês!

1. Fuji, the Dolphin

Fuji é um golfinho que vive no japão e acabou desenvolvendo uma doença que causou deterioração progressiva de sua barbatana caudal em meados dos anos 2002. Devido à complicação, o único meio que os médicos veterinários encontraram para salvar a vida do animal foi amputar parte de seu rabo, fazendo com que tivesse sérios problemas de locomoção. Comovidos com a história, a Bridgestone montou uma equipe para que pudessem desenvolver uma nadadeira artificial para o golfinho, conseguindo seu primeiro protótipo em 2003. O resultado? Vocês conferem na foto!
2. A cegonha Uzonka
Quando uma ave tem seu bico machucado, ela pode não ser capaz de comer, beber ou caçar de forma adequada, e poderia acabar morrendo como resultado. A cegonha Uzonka teve seu bico quebrado devido à agressões de humanos na Romênia. Após várias operações preparatórias, ela acabou recebendo esta prótese em seu bico, e está sob os cuidados de um hospital veterinário em Uzon, Romênia.
3. Tonka
Tonka, a “tartaruga” em rodas perdeu sua pacacidade de se locomover após uma de suas patas serem mordidas por um cão, até que alguns trabalhadores ajustou esta engenhosa cadeira de rodas à tartaruguinha. De repente, Tonka estava mais esperta do que nunca, de vagarzinho, é claro. Então, depois de alguns dias em que sua fotografia apareceu no jornal, ela foi adotada quase que imediatamente! Quem nos dera que os proprietários de cães e gatos tivessem o mesmo pensamento dos pais adotivos da Tonka!


4. Bela
As chances de sobrevivência não pareciam estar a favor da águia americana chamada Bela (Beauty) quando ela foi encontrada sem conseguir se alimentar em um aterro sanitário no Alasca, em 2005. Infelizmente, a água teve seu bico quebrado devido ao tiro de um caçador. Ela foi levada à um refúgio, mas seu bico não voltou a crescer. Felizmente, a águia foi agraciada com um bico de titânio, conseguindo beber água e se alimentar. Enquanto o bico não é forte o suficiente para que Bela volte à vida selvagem, pelo menos permite à Bela que tenha sua aparência de volta, enquanto vive uma vida segura e longe de caçadores.
5. O elefante Motala
Em 1999 o elefante Motala pisou em uma mina terrestre perto da fronteira entre a Tailândia e a Birmânia. Os médicos veterinários conseguiram salvar a sua pata dianteira, mas ainda sim ela ficou menor que as demais. Após ser levado ao Hospital Amigos dos Elefantes Asiáticos (Friends of the Asian Elephant’s Hospital) na Tailândia, Motala ganhou uma nova prótese em 2005. A prótese consiste em um saco cheio de lascas de madeira, que faz com que seu braço tenha o mesmo tamanho dos outros. Ele aceitou com perfeição o presente. 
Infelizmente parece que histórias de elefantes que pisaram em bombas são comuns na África/Ásia. Comecei a pesquisar sobre alguns, e apareceram vários e vários casos diferentes. Realmente lastimante para aqueles que não tem nada a ver com os conflitos!
6. A canguru vermelha Stumpy
Stumpy é uma canguru vermelho que vive em Ohio, no santuário da Sociedade Internacional dos Cangurus (International Kangoroo Society’s). A canguru tinha apenas uma das patas traseiras, até que os veterinários da Ohio State University (eu ia pra lá, buáááá hahaha) criaram uma perna artificial para ela. Os doutores David E. Anderson, Professor Associado de Cirurgia do Colégio de Medicina Veterinária e Richard Nitsch, licenciado da Associação de Ortopedistas Americana, fizeram questão de que a prótese possuísse o mesmo movimento que a perna original.
7. Allison, a tartaruga marinha
Allison se tornou a primeira de sua espécie a ser agraciada com uma barbatana artificial. Ela foi ferida com o que pareciam ser mordidas de tubarão, na costa do Texas. Com apenas três anos de idade (tartarugas marinhas podem viver até cem), ela estava nadando em círculos, literalmente. Até ganhar um traje especial que contém uma barbatana de fibra de carbono, agindo como um leme para equilibrá-la. Ela não está em forma ainda para voltar à vida selvagem, mas já está perseguindo as outras tartarugas no Sea Turtle Inc, em South Padre Island.

Eu poderia ficar a noite inteira falando de conquistas fantásticas adquiridas pela Medicina Veterinária e pelo amor aos animais, porque estes foram apenas alguns exemplos das dezenas que eu encontrei. Há algum tempo haviam me pedido para fazer algum post sobre motivação para os estudantes. Na boa, existe coisa melhor do que essa? Existe alguma coisa melhor do que você poder olhar para estas fotos e poder dizer de boca cheia “É isso que eu quero da minha vida, é para isso que eu nasci!”? 
Não, pelo menos para mim não há. 🙂
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