Review Animal Practice 01×02 e 01×03
Acharam que eu havia esquecido do novo seriado mais comentado do meio veterinário? Nananinanão! Na verdade achei melhor esperar saírem dois episódios para criar uma opinião mais sólida e mais embasada sobre a série, pois é difícil dizer só pelo piloto.
Spoilers abaixo:
Entre os dois episódios, gostei mais dos plots do terceiro do que do segundo episódio, que achei um tanto quanto superficial e, para mim, foi o Dr. Rizzo que o salvou, coisa que não aconteceu no terceiro.
Logo no início somos apresentados à rotina do Dr. Coleman e do Dr. Rizzo acordando e tomando café. É inegável que esta foi umas melhores partes do episódio, afinal, existe macaquinha (sim, ela é fêmea e se chama Crystal!) mais carismática do que essa? Justin Kirk também está indo bem no papel do George e, até agora, é o personagem (humano) que mais está agradando.
O principal plot deste segundo episódio foi a cadelinha do Dr. Doug que se acidentou jogando frisbee. Confesso que nessa hora fiquei emburrado. Na primeira review que escrevi havia comentado que por a série ser comédia, não ligaria muito para fatos veterinários, mas depois de assistir estes dois episódios estou ficando um pouco com a pulga atrás da orelha, já que os consultores veterinários estão pisando na bola feio. Neste caso, a suspeita era que a cadela havia tido ruptura esplênica que, até onde aprendi na faculdade, é caso de emergência. O que eles fizeram? Adiaram a cirurgia para dois dias! Não entendi esse diagnóstico e nem o tratamento, hahaha.
Também fiquei um pouco incomodado com o fato de continuarem não usando máscaras durante as cirurgias, e isso aconteceu tanto no segundo quanto no terceiro episódio. Sei que é muito difícil para o ator se expressar através da máscara, mas ainda assim acaba não se tornando desculpa. Enfim.
O episódio também trouxe algumas histórias complementares para fazer volume, como o Dr. Rizzo pintor e a Angela querendo se dar bem às suas custas. No final das contas são estes dois, aliados ao japônes que eu não sei o nome, que dão o tom comediante à série (tirando o George, que é o melhor com seu tom irônico de deboche sobre as coisas!).
O terceiro episódio me agradou mais que o segundo e contou com cenas muito mais engraçadas ao meu ver. O japonês batendo na janela e o George fazendo aquela cara “afff” foram hilários, hahaha!
O enredo girou em torno de um garotinho que levou seu Parson Russel Terrier (muito chique! Para mim tava mais pra SRD hahahaha) para uma lobectomia. Infelizmente não explicaram nada sobre o caso, mas para fazer um drama enfatizaram que estava com insuficiência renal, e que isto poderia ser fatal para o cachorrinho.
O Dr. Coleman cisma em cuidar do caso, e a Dorothy se opõe veementemente para que o Doug faça a cirurgia, pois segundo ela, o George não “é bom com crianças”. No final das contas, ele se dá super bem e mostra que também tem coração, apesar de ser todo ranzinza. Me identifiquei um pouco com essa parte, pois um dos motivos que decidi fazer veterinária, foi porque tive vários cães na infância, e que uma hora ou outra acabavam ficando doentes e eu não podia fazer nada sobre!
Uma impressão que eu fiquei foi que apenas o George e a Angela trabalham naquele hospital, haha. Vai dizer que não parece? A Dorothy só pensa em se enturmar com os funcionários ao invés de administrar o CRANE (que por sinal, parece ser enorme), enquanto os outros veterinários parecem tão inteligentes quanto o Dr. Rizzo. Acho que deveriam explorar muito mais o Dr. Coleman e o próprio Justin Kirks, pois inevitavelmente as melhores partes dos episódios são com seu personagem e seu tom sarcástico. Não consigo sentir nenhuma empatia pelo Doug, o japonês me parece louco haha, e a Dorothy ainda não se encontrou na série, em todos os sentidos.
Este pode ser o motivo de a série vir perdendo bastante audiência nos Estados Unidos. Embora animais sejam fantásticos, não vão ser eles que vão manter a série em pé. No terceiro episódio, Animal Practice teve uma queda de 12% na audiência, que já estava baixa, com 4 milhões de espectadores no horário nobre da televisão norte americana. Para vocês terem uma ideia, a média das grandes séries gira em torno de 8 a 12 milhões, com picos de até 16 milhões para programas do tipo American Idol.
Enfim, de toda maneira o jeito é esperar e torcer para que os roteiristas se encontrem e não deixem a peteca cair com esta série, que pode nos trazer tantos sorrisos e nos fazer relembrar situações parecidíssimas que vivemos no dia a dia! 😀
Ponto para:
- Cena hilária do Dr. Rizzo e do fantoche no final do 01×03
- Cirurgião vendo raiox no tablet. Bem próximo da nossa realidade! hahaha
PS: Peço, por favor, que não coloquem links para downloads nos comentários, pois o google pode punir o blog por isso, aí serei obrigado a deletar =/