Não deixe ninguém te colocar para baixo durante a faculdade

Há alguns dias atrás eu estava zapeando nos stories e vi uma caloura minha comentando super animada sobre um projeto de uma página que ela estava criando, e de como algumas pessoas meio que duvidavam da capacidade dela conseguir conciliar mil e uma coisas ao mesmo tempo, muitas vezes dizendo que não iria dar certo. Isso me lembrou muito da minha própria graduação e de como muitas pessoas também, às vezes, acabavam me colocando para baixo, dizendo que eu não daria conta de fazer tudo o que eu queria e que desistiria no meio. Aliás, a página da minha caloura ainda está em construção, mas já deixo o link para você seguirem a UEL Vet Stories no Instagram, clicando aqui.

Quando estava na graduação eu tive a oportunidade de fazer inúmeros estágios (noturnos e aos fins de semana, inclusive), projetos e iniciações científicas. Participei durante um tempo da comissão de formatura e também havia sido presidente da Empresa Júnior de veterinária, a VetJr UEL, na qual realizei inúmeros cursos e semanas acadêmicas. Foi ainda na graduação que eu criei o Vet da Deprê que, lá no seu auge, atingia cerca de 2 milhões de pessoas semanalmente com postagens diárias no Facebook. Ah! Nessa época eu também tinha um canal de livros no YouTube, o Ler ou não ler? que ainda está ativo até hoje – foi lá que eu aprendi 99% do que eu sei sobre câmeras, iluminação, fotografia e edição de vídeos, me rendendo vários trabalhos com isso. E, durante todo esse percurso, o que eu mais ouvia era “nossa, mas você não vai dar conta!”. Read more

Apenas 41% dos veterinários recomendariam a profissão a um membro da família ou amigo

Este texto é uma tradução livre do artigo publicado no site feedstuffs.com, intitulado “Study reveals concern about future of veterinary profession”, clique aqui para ler o texto original.


A Merck Animal Health (conhecida como MSD fora dos EUA e Canadá) anunciou os resultados de um grande estudo controlado com veterinários, desenhado para quantificar definitivamente a prevalência de doenças mentais e estresse na profissão veterinária e comparar os achados com estudos anteriores e com a população geral dos EUA.

Conduzido em colaboração com a American Veterinary Medical Association (AVMA) e a MSD, o estudo encontrou que veterinários com menos de 45 anos são mais propensos a graves estresses psicológicos, e apenas 27% disseram que recomendariam a profissão a um amigo ou membro da família, disse o anúncio.

“Essa pesquisa é única na medida em que, pela primeira vez, uma amostra de veterinários representativa dos Estados Unidos foi questionada sobre o seu bem-estar, que é uma medida mais ampla de felicidade do que apenas a saúde mental”, afirmou a pesquisadora Dra. Linda Lord, acadêmica e aliada da indústria na MSD. “Com base nos resultados da pesquisa, estamos particularmente preocupados com os veterinários mais jovens, pois são o futuro da nossa profissão. Devemos trabalhar juntos para promover um estilo de vida saudável, incluindo o equilíbrio entre o trabalho e a vida, o acesso aos recursos de bem-estar e redução de dívidas.”.

De acordo com o “Estudo de Bem-Estar Veterinário (Merck Animal Health Veterinary Wellbeing Study)” da MSD, cerca de um a cada 20 veterinários sofre de sério estresse psicológico, o que está de acordo com a população em geral. No entanto, ao segmentar os dados por idade, os veterinários mais jovens são mais afetados pelo estresse financeiro e emocional da vida profissional em comparação com os veterinários mais velhos do sexo masculino e indivíduos da população em geral. Depressão (94%), burnout (88%), e ansiedade (83%) são as condições mais frequentemente relatadas que afetam a saúde mental. Read more

Livros de veterinária que todo estudante deveria conhecer #3

[vc_row][vc_column][vc_column_text]O terceiro ano de Medicina Veterinária é a época em que as coisas realmente começam a acontecer. É quando todos os seus professores são veterinários, quando você realmente tem a oportunidade de ver um bicho pessoalmente, e não somente em fotos através de slides em sala de aula.

Livros que todo estudante de veterinária deveria conhecer #1 – Primeiro ano

Livros que todo estudante de veterinária deveria conhecer #2 – Segundo ano

É agora que o futuro vet deixa para trás o estudo massante das famílias de vírus e parasitas e se foca nos estudos das doenças em si, de suas patologias e de seus modos de transmissão, trazendo ainda mais responsabilidade ao estudante dedicado. É nesta época que aprendemos a examinar o animal através da semiologia. Os protocolos anestésicos e analgésicos são aprendidos com auxílio da anestesiologia, e também aprendemos as noções básicas das principais técnicas cirúrgicas através da matéria de mesmo nome. Agora você vai perceber que só aquela talinha na pata quebrada do animal não resolve, com ajuda do diagnóstico por imagem.

patologia entra com os dois pés no peito dos preguiçosos, sendo a matéria com maior carga horária do terceiro ano. Prepare-se para fazer uma necropsia e 10 minutos depois estar almoçando carne de panela (e sim, o cheiro normalmente é muito pior do que formol). Prepare-se também para estudar o dobro, pois os professores costumam ser muito mais exigentes a partir do terceiro ano de faculdade.

Como de praxe, seguem abaixo os livros que considerei importante para o estudo destas matérias.

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Diferença entre Especialização x Residência x Mestrado

Quando nos formamos ficamos meio perdidos em relação à nossa qualificação profissional. Isso porque o mercado nos enche de opções de pós-graduações e não é fácil escolher a que se encaixa melhor para nós. Por isso, resolvi fazer esse post com o intuito de elucidar a diferença entre as principais pós disponíveis no Brasil: especialização, residência e mestrado.

Antes de mais nada temos que saber a diferença entre as pós-graduações lato sensu e stricto sensu. No latim stricto sensu significa “sentido específico” enquanto lato sensu significa “sentido amplo”. Nas pós-graduações elas se divergem no quesito relacionado principalmente à pesquisa: enquanto a stricto sensu se dedica à formação de pesquisadores em mestrados e doutorados a lato sensu é voltada à formação de profissionais especializados por meio de especializações.

Nas especializações temos principalmente três modalidades diferentes: as especializações per se, as residências médicas e os MBAs. Nos Estados Unidos o MBA significa Master of Business Administration, sendo considerado realmente um mestrado em negócios. Porém, no Brasil não há regulamentação para essa modalidade, fazendo com que ela se encaixe como uma simples especialização com carga horária mínima de 350 horas. As especializações têm o intuito de aprofundar o conhecimento em um determinado tema durante um ou dois anos, também com carga horária mínima de 350 horas – embora alguns cursos possam chegar até 600 horas. É importante frisar que ao realizar uma especialização você não obtém o título de especialista, para isso é necessário uma prova à parte realizada pelo colégio brasileiro daquela especialidade. Por último estão as residências médicas, que também são especializações, mas com treinamento prático supervisionado. Nesta modalidade a carga horária chega a 5700 horas, realizadas em dois anos. Para vocês terem uma ideia, o curso inteiro de medicina veterinária possui 4700 horas, com a duração de cinco anos!

Já as stricto sensu são realmente voltadas à pesquisa em universidades e formação de cientistas, com mestrados e doutorados. Possuem uma carga horária muito mais ampla, geralmente com dedicação exclusiva, com dois anos anos para o mestrado e até quatro anos para o doutorado. No Brasil existe a modalidade de mestrado e doutorado profissional, voltados para a indústria e atuação no mercado, porém ainda é pouco difundida. Read more