INTERCÂMBIO NA VETERINÁRIA: tudo o que você precisa saber!

Muita, mas muita gente me pergunta como é fazer intercâmbio na veterinária fora do país, quais são as possibilidades, onde fazer… Porém, eu malemá fui para o Paraguai, haha! Por isso, resolvi convidar o Rafael Bernardes, aluno de medicina veterinária aqui da UEL, para conversar um pouquinho com vocês. O Rafa fez graduação sanduíche pelo programa Brafagri, ficou um ano estudando na França, em Toulouse e tem muita experiência para compartilhar!

Espero que vocês gostem do vídeo. Ele ficou beeem grande, mas como era muita coisa, achei melhor não dividir o vídeo e nem tirar nada, para ajudar quem realmente está interessado em ir para fora. Nele a gente conversa sobre tudo: quais os programas disponíveis, quais documentos precisam, quanto é a bolsa e como é viver lá fora.

Se vocês tiverem ainda mais dúvidas, deixem nos comentários que a gente pode gravar outro vídeo, inclusive com a presença de alunos que foram para outros países! 🙂

Brafagri:

Campus France:

A bolha das faculdades de veterinária no Brasil

Há muito tempo eu vejo diversos veterinários reclamando sobre o número de faculdades de medicina veterinária no país, mas nunca li nada na internet sobre. Por isso resolvi escrever este artigo, justamente para fomentar a discussão sobre o tema.

A verdade é que o Brasil é um dos países com maior número de faculdades de medicina veterinária no mundo, isso se não for o maior. Na última palestra que assisti do CRMV, disseram que existiam 203 faculdades, sendo que essa palestra já foi há algum tempo, portanto, pode-se colocar mais uma meia dúzia nessa contagem. Para vocês terem uma ideia, nos Estados Unidos existem cerca de 30 cursos de graduação. Sete no Reino Unido. Treze na nossa vizinha Argentina. Só no Paraná eu contei umas 16 faculdades de cabeça, mas devem existir muito mais.


Atualização em janeiro/2019: em consulta ao site do MEC, existem atualmente 379 polos de ensino de veterinária no país.


Se a gente colocar uma média de 40 alunos por turma (média baixa, por sinal), nós teremos cerca de 8 mil novos profissionais no mercado, todos os anos! É lógico que é excepcional a população ter mais acesso ao ensino superior, e não estou nem questionando a saturação do mercado – que está saturadíssimo, inclusive – mas minha preocupação é com a inerente baixa qualidade desse ensino. O meu medo é que isso acabe virando uma bola de neve, agravando cada vez mais a situação da nossa profissão no país que, convenhamos, já é um tanto quanto caótica.

Como o mercado já não comporta tantos profissionais, inclusive os qualificados, muita gente acaba vendo como única alternativa a docência nestas novas faculdades, virando um círculo vicioso de formação de novos alunos. No final das contas, os únicos que realmente saem ganhando são os donos destas faculdades, que jogam a mensalidade lá em cima, disponibilizando baixa infraestrutura. Afinal, medicina veterinária é o segundo curso de graduação mais rentável para as faculdades, perdendo apenas para medicina. Não é raro eu ver algum leitor do Vet da Deprê reclamando que a sua instituição não possui clínica para atendimento ou laboratórios.

Este é um assunto muito pouco debatido, e é por isso que eu gostaria de propor a discussão dele aqui com vocês. A princípio, eu não enxergo nenhuma solução factível a curto e médio prazo. Na verdade eu me considero liberal e acredito que essa seja uma resposta do mercado: se há oferta, é porque há demanda. Se estão abrindo cursos a torto e a direito é porque existem alunos querendo estudar. O problema é que a demanda para os cursos de graduação existe por parte dos estudantes, mas será que existe demanda para novos profissionais no mercado? Não existe, definitivamente. Uma hora ou outra, dentro dos próximos 10 ou 15 anos, a bolha vai estourar: estes profissionais formados com uma base ruim não terão onde trabalhar (ou até terão, mas com remuneração esdrúxula) e a saída será deixar a medicina veterinária. Eu ainda concordo com aquele ditado “quem é bom, encontrará mercado”, mas o problema até aí é que a nossa profissão irá sofrer um desgaste muito grande, como citei neste artigo. Torçamos para que isso não afete ainda mais a sua credibilidade.

Mas eu gostaria muito de saber a opinião de vocês! Vocês veem um futuro animador para esta questão em nossa profissão? Será que um dia essa “bolha” das faculdades de medicina veterinária vai realmente estourar? Se é que já não estourou, né…

Deprecast 02 – Os desafios do recém formado

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Sejam bem vindos ao Deprecast, o podcast do Vet da Deprê! Podcasts são como programas de rádio, só que disponibilizados online, onde os integrantes podem discutir sobre vários assuntos. E o melhor: vocês podem baixá-los para ouvirem onde quiser!

Neste segundo Deprecast os médicos veterinários Luiz, Humberto, Edgard, João e Isabella discutem sobre os principais desafios do recém formado, desde a escolha da área a seguir até sobre as áreas mais promissoras da medicina veterinária.

A partir de hoje nós pretendemos lançar os podcasts quinzenalmente (eu juro que a gente vai tentar, haha!). Portanto, fiquem de olho, pois sempre vai ter conteúdo novo para vocês às segundas-feiras, :)! Também disponibilizamos o podcast para assinatura no FeedBurner e no Itunes. Os links estão ali embaixo.

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Duração: 59 minutos. Data: 17 de julho de 2016.

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DOWNLOAD

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(clique com o botão direito do mouse e “salvar como”)

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Gostaria de aparecer no próximo programa? Envie um e-mail para contato@vetdadepre.com.br contando suas experiências quando recém-formado ou comentando alguma coisa relacionado a este programa! Ele poderá ser lido no Deprecast 03!

Citado no podcast:

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Do abate à docência – relatos de um veterinário

“I’ve had an epiphany!” (Eu tive uma epifania). Essa expressão traduziria muito bem meu atual estado de espírito. Epifania é uma súbita sensação de entendimento ou compreensão da essência de algo. O termo é usado nos sentidos filosófico e literal para indicar que alguém “encontrou finalmente a última peça do quebra-cabeças e agora consegue ver a imagem completa”. O que quero dizer com isso? Essa sensação surgiu dias atrás quando eu refletia sobre o propósito da minha vida, em especial a vida profissional. Acompanhe – me ao longo deste texto e você compreenderá a mensagem final.

“Sou médico veterinário, especializei em ciência avícola, estagiei em vários setores da inspeção de produtos de origem animal, trabalhei por quatro anos em abatedouro – frigorífico de frango e não imaginava o que a vida me reservava. Agradeço todas oportunidades que tive em cada fase acadêmica/profissional e também às pessoas que somaram em meu aprendizado. Eu sempre soube que a área que mais me trazia satisfação, era a ciência e tecnologia de alimentos (carnes). Comecei então a buscar meu espaço dia após dia”.

Foi trabalhando num abatedouro frigorífico que acabei despertando ou redescobrindo um certo dom (adormecido). Em 2012, atuava essencialmente dentro da fábrica e numa certa ocasião, devido reajuste de funcionários, fui convidado a ministrar treinamentos para a equipe do SIF. Passaria tecnicamente de uma importante função de supervisão para funções administrativas. No princípio refutei a ideia, achando tudo isso uma despromoção. Seria normal alguém na minha posição encarar isso como um bom motivo para pedir demissão e buscar uma nova oportunidade, porém não foi isso que aconteceu. Resolvi encarar o desafio, prometendo para mim mesmo que daria o meu melhor. Read more