11 Dicas que vão facilitar sua vida durante o TCC

Faaaaala, depressivos de plantão! Como havia prometido lá no facebook, hoje fiz a postagem com algumas dicas para a galera que vai começar ou já tá fazendo o TCC. O texto ficou um pouco extenso, mas espero que seja útil pra vocês e que ajude a evitar certos perrengues que sempre passamos quando estamos na fase de monografia. Então vamos lá:

Comece com antecedência

Bom, essa é a coisa mais importante para o seu TCC: ter tempo! Não adianta nada ter ideias e recursos para fazer coisas geniais, se não tiver tempo para realizá-los. Parece clichê, afinal, todos os professores vivem falando isso. Mas quando chega a hora e a gente têm que começar a fazer, percebe que era bom ter seguido os conselhos sobre isso. Não sei se em todas as faculdades é assim, mas onde estudo é preciso apresentar um pré-projeto no penúltimo período. Por conta disso, a gente acaba tendo 2 semestres pra trabalhar o TCC, o que é tempo suficiente para fazer um bom levantamento bibliográfico e realizar seus experimentos. Minha sugestão, então, é que procurem começar a pensar e por em prática seus TCCs com 2 semestres de antecedência.

Área de afinidade

A escolha de um tema com certeza é um dos pontos mais delicados do TCC. Isso porque ou você tem muitas opções e não sabe por qual optar, ou porque você não tem nenhuma opção em mente e não sabe o que escolher. A minha sugestão aqui é escolher um tema em uma área que você tenha afinidade, para que seja prazeroso realizar o trabalho. Imaginem: Se pra quem está fazendo o TCC sobre um assunto que gosta de estudar já é cansativo, para aqueles que pegaram qualquer tema só por indicação ou conveniência será necessário mais esforço e paciência. Se você não tem ideia de um título ou assunto delimitado, mas sabe em qual área quer desenvolver seu trabalho, procure pelo professor responsável pela disciplina da área na sua faculdade. Ele poderá ser seu orientador e com certeza terá dicas e sugestões bastante interessantes para você. Read more

O que os veterinários sabem que os médicos não sabem

Na última semana eu tive a oportunidade de participar de um congresso muito interessante aqui em Londrina, o COPESAH, sobre pesquisa em saúde animal e humana. Um dos enfoques desse evento foi “One world, one health”, frisando a importância de tratarmos a saúde pública como um todo e com equipes multidisciplinares, desde médicos, psicólogos, cirurgiões dentistas, médicos veterinários, etc.

E nisso, eu lembrei de duas palestras interessantíssimas ministradas no TED. Uma da médica cardiologista Bárbara Natterson-Horowitz, que foi convidada para realizar um ecocardiograma em uma chipanzé e que, depois disso, teve sua forma de enxergar a medicina totalmente alterada pela veterinária. A outra é da veterinária Molly Dominguez, que fez uma rápida introdução sobre a importância da veterinária na saúde pública. Esses dois vídeos são interessantíssimos e valem a pena serem vistos por todos os médicos e médicos veterinários!

Para ativar as legendas desse vídeo, é só clicar no quadradinho branco, ao lado da engrenagem que fica abaixo da linha do play.

Interessantíssimo, não é gente?

Para que gostou, a Dra. Bárbara também tem outro vídeo no TEDx, em que ela faz uma abordagem levemente diferente. Esse eu ainda não consegui legendar, mas é bem fácil de entender.

A indústria da carne é “vilã” ou “mocinha”?

Publicação desse tipo sempre gera polêmica, porém, antes de mais nada eu “retiro as luvas de box e saio do ringue” pois essa publicação não é de alguém que está convicto em arrumar uma boa briga, convertendo vegetarianos/veganos à religião dos amantes de churrasco, esse texto talvez nem esteja sendo redigido à você. Absolutamente não! Meu intuito aqui é outro. Todavia, eu espero alcançar aqueles falsos moralistas que condenam o consumo de carne e que muitas vezes utilizam bolsa de couro, mascam chicletes, usam creme rejuvenescedor, alimentam seu cachorrinho com ração, etc., todos obtidos de fonte animal

Já ouviram falar da ecologia rasa e profunda? Tenho notado as pessoas se agarrarem com força numa ecologia rasa e dizerem com orgulho que são socialmente, ambientalmente e (…mente, etc.) corretas. Por exemplo, empresas de automóveis “preocupadas” com o impacto ambiental devido à queima de combustíveis fósseis têm lançado carros parcialmente movidos à energia elétrica, um modelo híbrido diria de passagem, mas que funciona em certa autonomia sem queimar combustível. Você acha que isso é ecologia rasa ou profunda?

Esse é um caso de ecologia rasa, pois elas estão tentando amenizar um problema mas estão se “esquecendo” de outros que, potencialmente, podem causar impacto no meio ambiente, como o pneu (derivado do petróleo). Se fôssemos aplicar a ecologia profunda a mudança, como o próprio nome diz, seria profunda. Em outras palavras, ir a pé para o trabalho já seria a aplicação dessa ecologia. Estamos preparados para isso? (Entenda mais sobre ecologia rasa e profunda)

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Economia verde (foto: Eco4U)

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Médicos e veterinários do bem

Foi publicado no site da ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) um artigo intitulado como “Médicos ou veterinários do mal?” (clique para ler) onde foi exposta de forma errônea a atuação do Médico Veterinário desde seu trajeto na faculdade até a sua formação e atuação na vida profissional.

O artigo atingiu todos da classe veterinária sem fazer qualquer distinção, apunhalando todos envolvidos na profissão com acusações duras e má formuladas, cheias de ódio, informações e referências erradas. Quem realmente vive e ama a veterinária, ao ler tais barbaridades e insinuações em forma de frases, creio que sentiu no fundo da alma a tristeza que a falta de respeito traz.

Todos pensam que o estudante de medicina veterinária foi induzido a fazer tal faculdade pelo amor que sente pelos animais. Com certeza este fato é muito importante para tal decisão, porém, não é o único. Medicina veterinária é ciência e vai muito além do carinho e do amor pelos cachorrinhos e gatinhos.

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Fonte: driggsvet.com

Durante a trajetória do curso é muito explanado sobre ética profissional e bioética, inclusive na grade tem um espaço dedicado a essa matéria, que é onde se determina como nós, médicos veterinários, temos que agir racionalmente e prudentemente. Embora cultivamos todo amor, do cuidado e dedicação com os animais, temos uma obrigação que vai além desses sentimentos, que é o respeito e a valorização da vida animal.

Código de Ética do Médico Veterinário é um instrumento normativo do Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV – que foi feito para adequar o exercício e caráter profissional com direitos e deveres para a prestação de serviço de excelência ao paciente, ao proprietário e à comunidade em geral. A moral do profissional se fundamenta no cumprimento e obediência dessas regras.

Em relação ao artigo da ANDA, citado acima, temos a opinião do blogueiro Humberto Cunha, a seguir, que tem domínio e experiência na área alimentícia, para ressaltar pontos importantes abordados nas declarações feitas pelo autor do artigo:

O escopo do autor, ao redigir o texto, foi simplesmente atacar todos aqueles que vão contra seus princípios ético-profissionais. Se você ainda acha que somos veterinários do mal, façamos a seguinte reflexão:

  • Por um momento imagine que, a partir de amanhã, não houvesse mais médicos veterinários na indústria da carne (criticados pelo autor). Quais seriam as consequências?

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