Quando você se forma e se sente uma fraude

Cinco anos de estudo intenso, com noites mal dormidas, livros, artigos, resumos e, enfim, você se forma médico veterinário. Segundo a legislação de nossa profissão, você estaria apto a inspecionar alimentos de origem animal, inspecionar estabelecimentos através da vigilância sanitária, trabalhar em laboratórios de microbiologia, patologia e afins, além de realizar cirurgias e clinicar em pequenos e grandes animais.

Mas o problema é que no primeiro dia após a formatura você não se sente bem. Parece que aqueles cinco anos de estudo passaram em um piscar de olhos, e que você não consegue lembrar de nada do que estudou. Você se pergunta a todo momento se sabe realmente usar aquele estetoscópio Littmann que ganhou de formatura com suor do trabalho de seus pais. Você se pergunta se realmente nasceu para ser médico veterinário. Você se sente uma fraude.

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Dicas para calouros de veterinária

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“O que irei estudar no primeiro ano?”

“Não tem nenhuma matéria de veterinária nessa grade curricular não?”

“Nooossaa cara, olha essa pata! Que que é esse líquido, é formol?!”

“Histologia? Isso é de comer?”

Todo mundo quando passa no primeiro vestibular e entra na faculdade fica meio perdido. Eu mesmo senti muita dificuldade em “me encontrar” no primeiro ano de curso. Confesso que boa parte foi devido às festas e mais festas que aproveitei enquanto era calouro, mas percebi que um certo direcionamento poderia me ajudar muito.

Sentindo esta necessidade, resolvi criar um “guia” para os calourinhos do primeiro ano que entram na faculdade e mal sabem o que é um estágio ou não tem ideia do que irão encontrar pela frente durante o curso.

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Centros Acadêmicos: O que são? Qual sua importância?

Então pessoal, como eu havia prometido lá na fanpage, hoje vou falar um pouco sobre Centros Acadêmicos. Primeiramente, gostaria de explicar o que me motivou a querer falar sobre o assunto. Sou membro do CAVET – Centro Acadêmico de Medicina Veterinária da USS praticamente desde que foi fundado e antes de integrar a direção, não sabia quase nada sobre o que era, o que fazia, ou qual era a importância de um Centro Acadêmico. Hoje tenho uma visão bem diferente, mas vejo que muitos graduandos são como eu era antes. Por isso resolvi escrever a respeito, para informar os que ainda não conhecem, orientar os interessados em como proceder para fundar uma entidade dessas e incentivar os que já têm um Centro Acadêmico instituído, mas não tem experiência para gerir.
O que é um Centro Acadêmico ?

O Centro Acadêmico (CA) ou Diretório Acadêmico (DA) é um órgão de representação dos acadêmicos de uma Instituição de ensino superior, formado pelos próprios acadêmicos desta instituição. Normalmente essa organização é formada por uma chapa, que é escolhida por pleito estudantil e irá dirigir o CA por um determinado tempo. Digo normalmente, porque cada CA tem seu estatuto, e é este estatuto que rege a sua organização. Um CA não tem fins lucrativos e todo o trabalho realizado por seus integrantes é voluntário. Geralmente o CA é associado ou filiado ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição de ensino, o que lhe confere mais força representativa. Vale lembrar que os CA´s e DCE´s são direitos dos estudantes garantidos na legislação (lei federal 7395/85).

O que faz um CA?

Para ficar mais claro, gosto de dividir as funções de um CA em políticas (1) e pedagógicas (2). Vou listar algumas delas, vamos lá:
1. Defender os interesses dos estudantes do curso frente às instâncias burocráticas da instituição de ensino (Coordenação de Curso, Reitoria, Presidência…) e frente a outros órgãos de representação estudantil, como os DCE´s, União Estadual dos Estudantes (UEE´s) e União Nacional dos Estudantes (UNE). Uma questão importante nessa parte é que defender não significa ser oposição. As maiores conquistas que um CA pode conseguir vão vir sempre quando há uma relação harmoniosa entre a Diretoria do CA e a Coordenação do Curso, trabalhando juntos em prol do mesmo.
2. As atividades pedagógicas são sempre voltadas ao enriquecimento do ensino, tais como o desenvolvimento de atividades extracurriculares como cursos, palestras, simpósios e afins. Esse tipo de coisa não é tão complicado de se realizar, sempre há um professor que tem um colega de outra Universidade que pode vir dar uma palestra de graça, e é assim que se começa a montar uma semana acadêmica, por exemplo. Com isso, o CA pode angariar fundos para a aquisição de bens que vão ajudar os próprios estudantes, como, por exemplo, comprar e doar equipamentos para o hospital veterinário da Universidade. Nesse ponto, alguém pode pensar assim: “Poxa, mas não é obrigação da faculdade dar toda a estrutura que o curso precisa? Pra que ainda vou ter que ficar comprando equipamento pro curso?”. Bom, a resposta é simples: Se o curso está aberto, é porque ele tem a estrutura necessária requisitada pelo MEC para estar em funcionamento. A intenção de melhorar a estrutura oferecida não foge ao papel do CA, que é representar e defender os interesses dos alunos.
Como abrir um CA?

Essa parte é a mais chatinha, porque envolve uma certa burocracia. Para um CA ser legítimo, é preciso seguir alguns passos, conforme podem ver na página do DCE-USS que indica todos os procedimentos necessários. E para ser, além de legítimo, independente, deve possuir um CNPJ, Inscrição municipal, reconhecimento de firma de seus membros e também autenticação de seu estatuto. Para se conseguir alguns desses documentos, é preciso dinheiro. Como o CA começa seu caixa do zero, o que eu aconselho é que os interessados façam as assembléias necessárias para definição do estatuto, formação das chapas e realização da eleição, e depois de formada a estrutura efetiva do CA, se afilie ao DCE da Universidade. Desse modo, o CA terá uma relação de simbiosecom o DCE, onde um presta apoio ao outro na realização de suas atividades. Os certificados dos eventos realizados pelo CA podem ser emitidos pelo DCE, e o CA incentiva a associação dos alunos do curso ao DCE. Dessa forma, o CA pode estar em funcionamento e, quando reunir em caixa quantia suficiente para aquisição de toda a papelada,  segue o protocolo para retirada desses documentos. Mas vale lembrar que, mesmo em posse desses documentos, é legal manter uma relação de parceria entre o CA e o DCE, afinal, nunca se sabe quando vai precisar, né. Quanto à sua sede, o espaço físico para instituição do CA é um dos direitos garantidos por lei e deve ser solicitado junto à reitoria da Universidade.
O preciso para ser um integrante de CA?

O aluno que se propõe a participar de um CA deve saber que é necessário muito comprometimento e responsabilidade, pois é uma coisa que demanda um envolvimento grande, dedicação e um certo tempo. Haverá algumas ocasiões em que você estará em semana de provas e ainda terá assuntos do CA para resolver. Tem que ter jogo de cintura para lidar com situações e pessoas e trabalhar com seriedade no uso do patrimônio do CA, além de, principalmente, saber que nenhum benefício defendido pelo CA deve ser individual, mas sim em prol de todos os alunos do curso.
Quais as vantagens em ser integrante de CA?

Pode parecer bobeira, mas uma das maiores vantagens em participar de uma entidade como um CA é o amadurecimento que se adquire, que será bastante proveitoso na vida profissional. Ao integrar um CA, o estudante aprimora suas relações interpessoais, o que o leva a trabalhar melhor em equipe; desenvolve iniciativa e atitude e aprende a liderar e também a ser liderado. Ou seja, características muito procuradas no mercado de trabalhoatualmente. Além disso, o CA conta como uma atividade extracurricular, que rende carga horária e lhe confere um certificado, portanto, também pode ser adicionado ao Currículo Lattes do acadêmico. Outro ponto positivo é que, quando o CA contribui para o crescimento do curso, todos ganham com isso, até mesmo os já formados, pois um curso renomado valoriza o diploma do profisisonal.
Então galera, era isso que eu tinha pra falar. Obrigado por lerem o texto até o final (hahaha’) e, se gostaram, cliquem no botão do Facebook aqui embaixo para curtir e compartilhar com seus amigos. Até a próxima!


Anestesiologia de Animais de Companhia

Universidades em ordem alfabética (ou aperte Ctrl + F para buscar uma em específico):




Universidade Estadual de Londrina
Duração: 2 anos. Quantidade de vagas: 1 vaga anual. Valor estimado da bolsa: 1800.

Obs: R1 circula em todas as áreas de animais de companhia durante o 1º ano. R2 permanece na sua área de escolha. 

Universidade Federal Rural da Amazônia
Duração: 2 anos. Quantidade de vagas: 1 vaga anual. Valor estimado da bolsa: 840.
Sites: http://www.portal.ufra.edu.br/



Universidade Federal do Paraná – Campus Palotina
Duração: 2 anos. Quantidade de vagas: depende do edital e da necessidade. Valor estimado da bolsa: 2300.
Sites: http://www.hvpalotina.ufpr.br/ e http://www.campuspalotina.ufpr.br/
Obs: a residência é em Clínica Cirúrgica e Anestesiologia de Animais de Pequeno Porte.





Me ajudem na coleta de informações!
Envie um e-mail para contato@vetdadepre.com.br contendo os dados da sua universidade e ajude acadêmicos de todo país a cursarem uma ótima pós-graduação!

Dica de livro para médicos veterinários: Ben Carson – Mãos Talentosas

Imagine que você é pobre, negro, filho de mãe solteira e vive na periferia de Detroit dos anos 60. Além de tudo isso, você é o pior aluno da escola e todos seus colegas zombam de você. Agora imagine que depois de todos estes obstáculos você se tornou o maior neurocirurgião pediátrico do mundo. Imaginou? Parabéns, você conseguiu ter uma ideia de quem é Benjamin Carson, o primeiro neurocirurgião a conseguir separar dois gêmeos siameses interligados pela cabeça, conseguindo preservar a vida das duas crianças, o que até então era considerado impossível.
Há algumas semanas fiz uma lista de livros motivacionais para estudantes de veterinária. Embora o Dr. Carson seja um médico “humano”, não pude deixar de incluir seu livro nesta lista. Mais do que uma biografia, “Ben Carson” acaba se tornando um relato de motivação à todos que aspiram pela excelência profissional.

Confesso que fiquei conhecendo o livro através do filme Mãos Talentosas – A História de Ben Carson, feito para televisão, mas que não fica nada atrás das grandes produções hollywoodianas. Tanto o filme quanto o livro começam a narrativa contando a infância de Benjamin.

Desmotivado e cansado de tirar as piores notas da sala, Ben se culpava por ter nascido burro. Nessa altura, aparece uma das principais motivadoras de sua vida, chamada Sonya Carson, sua mãe que foi abandonada pelo marido com duas crianças para criar. A Sra. Carson sempre trabalhou em prol dos filhos e nunca deixou que se sentissem pior do que os demais colegas, muito pelo contrário, “Você pode fazer qualquer coisa que os outros fazem… Mas somente você pode fazer melhor!“. Exigiu que seus filhos assistissem somente dois programas de televisão por semana e que passassem todo seu tempo livre na biblioteca, na qual deveriam apresentar relatórios de pelo menos 2 livros por semana.
Sempre obedientes à sua mãe, Benjamin e seu irmão fizeram como o combinado e começaram a sentir a mudança em suas vidas. Ben já não tirava mais as piores notas de sua sala e começou a gostar disso. Foi o melhor aluno de sua escola na oitava série e o terceiro aluno melhor no ensino médio. Conseguiu uma bolsa de estudos completa para o curso de medicina na renomada Yale University. Após terminar a faculdade, brigou por 2 vagas do programa de residência em neurocirurgia do Hospital Johns Hopkins, dentre mais de 130 candidatos. Conseguiu, até que em 3 anos se tornou chefe do departamento de neurocirurgia pediátrica.
Tudo isso até ser desafiado a realizar a maior cirurgia de sua vida: a separação de dois gêmeos siameses ligados pela parte posterior da cabeça. Até então tal cirurgia era feita, mas infelizmente uma das crianças morria. Inconformado com tal posição o Dr. Carson preparou uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas horas de cirurgia. Executando tal feito com excelência, Ben Carson conseguiu fama de relevância mundial.
Ben Carson – O menino pobre que se tornou neurocirurgião de fama mundial não é mais uma autobiografia qualquer. É uma lição de vida que todo estudante da área médica deveria aprender a seguir. Muitas vezes reclamamos de nossas vidas atuais, mas nunca paramos para pensar nos feitos que outras pessoas conseguiram em situações muito piores do que a nossa. Benjamin Carson foi uma destas pessoas, tornando-se exemplo de força, perseverança e fé para milhares de cidadãos no mundo inteiro.
Algumas vezes me pergunto se serei digno de alcançar um patamar destes em minha vida, até me lembrar das sábias palavras da Sra. Sonya Carson: “Você pode fazer qualquer coisa que os outros fazem… Mas somente você pode fazer melhor!”.
Dica: Dr. Carson levou sua vida baseada na frase “Think Big – Sonhe Alto” (ver foto). Na qual:
T = Talent and Time (talento e tempo); H = Hope and Honesty (esperança e honestidade); I = Insight (discernimento); N = Nice (bondade); K = Knowledge (conhecimento); B = Books (livros); I = In-depth learning (estudo profundo); G = God (Deus).
Dr. Carson relata até hoje em suas palestras “Se você puder se lembrar destas coisas, se aprender a sonhar alto, nada na Terra o impedirá de ser bem-sucedido no que quer que você escolha fazer.“.
Ben S. Carson e Cecil Murphey
Editora: Casa Publicadora.
Páginas: 272.
Ano: 2009.
Aproveite e confira também o excelente filme do livro, chamado “Mãos Talentosas – A História de Ben Carson”, estrelado pelo Cuba Gooding Jr.