Neste mês de abril o Ministério da Educação (MEC) formalizou o reconhecimento da residência em Medicina Veterinária no país, através da concessão de 169 novas bolsas aos novos residentes.
Antes, a regulação dos programas de residência em medicina veterinária era feita pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), que fazia o acompanhamento da qualidade dos cursos. Dos 170 cursos de graduação de medicina veterinária no país, 60 mantêm programas de residência, na qual destes 60 apenas 21 possui tal reconhecimento pelo CFMV.
A partir de agora, o MEC passa a reconhecer tais programas não como especialização, mas sim como pós-graduação latu sensu, com a regularização e financiamento da modalidade. As bolsas terão o valor de R$ 2.384,82 mensais, e serão ligadas primeiramente aos hospitais de universidades federais, com duração de dois anos.
Tal iniciativa tornou-se possível em 2005, com a criação da Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS), do MEC, com o objetivo de enquadrar todas as outras modalidades de residência.
A concessão destas novas bolsas poderá influenciar ainda mais recém-formados a procurarem os cursos de pós-graduação, vide que anteriormente o valor das bolsas era muito precário, girando em torno de 1 mil reais para 40 horas de trabalho. Agora, além das bolsas chegarem ao patamar de 2 mil, o treinamento será ainda mais intenso, com 60 horas semanais, que deverão ser divididas à critério da instituição em treinamento prático e aulas programadas.