Diário de um estudante de veterinária

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Olá, pessoas.

Como esta é a minha primeira postagem neste Blog, permitam-me que faça as devidas apresentações!

Meu nome é Mônica Fettback, mas podem me chamar de Mô. Estou cursando Medicina Veterinária como minha segunda graduação. Tenho 29 anos, sou casada e moro em Caucaia do Alto, Cotia, e estudo na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo capital, à noite. Além de acadêmica e empresária (sim, tenho que trabalhar duro, afinal, tenho 20 cães e outros bichos pra sustentar, além da casa, e meu marido não é rico… ao menos não ainda, né amor? Rsrsrs), crio cães (como hobby, não vivo disso!) e tenho váááários outros bichos em casa.

Desde criança sonhava em ser Veterinária. Sempre gostei de bichos, sempre gostei de entranhas e sangue – kkkk – mas quando terminei o colegial (é, este era o nome do atual ensino médio) deu uma bobeira e não me achei madura o suficiente para cursar uma graduação em que eu precisasse lidar com a questão de vida e morte. Tinha firme na minha cabeça que “o primeiro que morresse na minha mão, eu iria junto”, então fui cursar algo na área de Humanas, onde não mataria ninguém… 🙂

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Belas, recatadas e da vet!

[vc_row][vc_column][vc_column_text]Há algumas semanas a revista Veja causou polêmica por causa de reportagem sobre a primeira dama, na qual elogiava a primeira dama por ser “Bela, recatada e do lar”. Como a interwebs não perdoa, logo várias meninas começaram a postar no Facebook imagens zoeiras curtindo a vida também com a legenda “Bela, recatada e do lar”.

Indo na onda da zoação não poderíamos ficar de fora, e também lançamos a hashtag #BelaRecatadaedaVet, que fez muito sucesso com nossas leitoras do Facebook! Sério, gente, foram mais de 2 mil fotos recebidas! Pedimos desculpas por não conseguirmos postar todas, mas foi muito legal fazer essa interação com a galera.

Além disso, recebemos fotos incríveis, e resolvemos compartilhar todas aqui com vocês! Além daquelas que a gente já havia postado lá na fanpage com a hashtag, reunimos aqui também as mais curtidas nessa postagem. Esperamos que gostem, e quem sabe não conseguimos fazer mais postagens como essa? 😀

PS: ficou faltando o instagram de várias seguidoras! Se você está aqui e não tem seu insta, manda pra gente nos comentários que colocamos! ;)[/vc_column_text][vc_empty_space height=”50px”][masterslider_pb alias=”ms-1″][/vc_column][/vc_row]

Diário de um estudante de Veterinária #5

 

A gente sempre tem que ouvir das pessoas que “Se Veterinário amasse mesmo os animais, não cobraria a consulta” e esse é sempre um grande problema, pois quem tem esse pensamento raramente se convence que nós temos sim esse lado de compaixão pelos animais, mas também temos o lado humano, em que o mundo real cobra de nós contas para pagar, material utilizado no trabalho, o investimento na formação e etc.. Infelizmente, ser Veterinário não é só tomar lambida de filhotes felizes, mas também assumir muitas responsabilidades. Na minha opinião, jogar a culpa no Veterinário pelo preço do procedimento é muito fácil, e é uma ótima saída para quem não quer se esforçar para salvar uma vida ou dar melhor qualidade de vida a um animal. Pra mim, o correto seria “Se proprietário amasse mesmo seu animal, faria tudo que pode para conseguir pagar a consulta”.
Isso ficou bem claro pra mim quando, em um dos meus estágios, atendi um cãozinho de uma família bem humilde. O estado do animal era bastante delicado, pois havia brigado com outro cão na rua e estava ferido, tendo inclusive rompimento de parede abdominal e exposição de víscera. Evidentemente, a cirurgia era de emergência, e o proprietário chegou a dizer na secretaria do HoVet que só teria dinheiro para pagar alguns dias depois. É claro que é uma situação complicada, pois a vida do animal depende de ações rápidas e o procedimento cirúrgico tem seu custo, mesmo que por toda a boa vontade do mundo por parte do Veterinário não se cobrasse a “mão-de-obra”, ainda assim teria o custo da anestesia, dos fios, da medicação peri-operatóriae outros materiais e não cobrar esse tipo de coisa seria prejuízo razoável, ou seja, mais uma vez, voltamos ao mundo real, aquele em que o Médico Veterináriotem uma casa pra sustentar e contas para pagar. Mas aí, de dentro do consultório, eu pude ouvir o proprietário falando ao telefone, pedindo dinheiro emprestado para que pudesse tratar seu animal. Eu sei que muita gente pode falar que não é mais que a obrigação da pessoa dar suporte ao animal, já que assumiu a responsabilidade de criar, e isso é bem verdade, mas é verdade também que sabemos que não é sempre assim que acontece na nossa rotina.
Acredito que todo Veterinário, pelo menos uma vez em sua vida profissional, já tenha passado por uma situação em que um proprietário se recusa a pagar por alegar não ter condições e abandona o animal à sua própria sorte. Não é verdade? Muitas vezes a pessoa acha que por não ter condição de arcar com o tratamento, a responsabilidade de o fazê-lo de graça passa a ser nossa, dos Veterinários. E não é assim, quem realmente quer que seu animal fique bem busca todas as formaspossíveis para ajudá-lo.
Pode parecer bobeira pra muita gente, mas, de alguma forma, ver aquela atitude daquela família humilde realmente se esforçando para dar assistência ao animal me lembrou que nem todos os proprietários são iguais. Como já disse acima, para pessoas de má fé, é uma ótima saída culpar o Veterinário pelo custo do procedimento ao invés de buscar outras soluções para o problema. E no final de tudo, mais motivador ainda foi ver o olhar de satisfaçãodos proprietários com o trabalho feito por nós e sua alegria vendo o animal já num estado bem melhor após a cirurgia. Ganhei meu dia.